Os problemas desaparecem quando nos esquecemos deles, quando vivemos apenas um dia de cada vez. As dúvidas deixam de ser dúvidas quando deixas de dúvida-las. Tu vives os teus dias pensado no que vem amanhã, sonhas que um dia conseguirás ter um sonho. Perdes-te em ti quando só te queres encontrar. Tudo o que planeias fazer poderia ser feito no momento, deixas-te ir e simplesmente deixas por fazer o que sonhaste tanto fazer.
Os dias são segundos para ti. O tempo que passas a conta-los está tão perdido quanto tu e se os apagas eles voltam a nada. Sempre pensaste que perseguias os teu sonhos quando na verdade estavas apenas a andar parada. Tentaste ser tudo quando na verdade querias apenas ser nada. Mas se valeu a pena nunca valeu a pena para ti. Se foi em vão também não te apercebeste. Apenas sabes que algo não esta certo ou então sabes que nada do que faças estará realmente errado. E um dia perceberás que simplesmente existem lados e não certo e errado. Existe maneiras diferentes de ver a mesma coisa. Então, quando finalmente entendes que estás errado ao pensar que tudo foi um erro, pensas que um erro nunca será um erro mas sim uma experiência de vida com a qual podes aprender a ser melhor.
Já passaste por muito, já te mentiram, enganaram, Já foste magoada, ás vezes até por ti. Já cometeste tantos erros, e tantos foram cometidos contigo. Já perdoaste o que não tinha perdão, deixaste talvez por perdoar o que deveria ter sido perdoado. Foste inocente e destemida em todos os momentos que foste vivendo. Perdeste tempo com coisas insignificante como não perder tempo. Erraste não errando. Foste tão humana quanto te é humanamente possível.
Foste e serás o que apenas tens de ser para os outros. És quem és apenas para ti. Sem tirar nem pôr, assim simples na complexidade que és. Na complexidade que todos somos! Porque todos somos um conjunto de todos os que conhecemos. Somos os nossos e os erros dos outros, os segundos que perdemos e os que já foram perdidos. O que nos define é a força com que lutamos contra o que nunca conseguimos ser de nós. Somos pedaços que apenas podem ser colados pelos outros, fragmentos de um ser que é seres.
O que os outros vêm do que somos é o que nos são. Os erros e qualidades deles são refletidos em quem somos porque nos influenciam. E se alguém por obra e graça do espírito santo decidir que nada somos pelo que os outros são, então essa pessoa considera-se o santo que não é.
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